quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Jornalismo Investigativo ?

Hoje irei falar sobre Jornalismo investigativo, que é definido como à prática de reportagem especializada em desvendar mistérios e fatos ocultos do conhecimento público, especialmente crimes e casos de corrupção, que podem eventualmente virar notícia.
O jornalismo investigativo, para muitos da área, é uma modalidade especializada de jornalismo, calcada em características específicas. Para outros, seria um erro, defini-lo assim, pois toda reportagem é investigativa, pois em essência envolve a apuração dos fatos, sua edição e posterior divulgação.
            Vale ressaltar, que nem todo jornalismo que se intitula investigativo faz juz a esse nome. Pois existem muitos que praticam o “jornalismo fiteiro”, onde são divulgados fitas, vídeos, enfim , informações, que na verdade não passam de matérias feitas por encomendas, produzidas por gente quase tão corrupta quanto os denunciados.
            Entretanto, qual seria a importância do jornalismo investigativo?
            Numa sociedade , onde as informações soa na maioria das vezes manipuladas e muito pouco do que é veiculado é verdade, o jornalismo investigativo, propriamente dito, o que se compromete com a verdade e tem total compromisso com o público se torna não só importante , como passa a ser raro e utópico.
            Eu como jornalista por vocação e por paixão, quero acreditar que ainda se possa construir um jornalismo que realmente corresponda com o que aprendemos em teoria, nos manuais de jornalismo. Como cidadã, quero poder confiar, que as informações que são publicadas tenham veracidade.
            Quero acreditar, que não só o jornalismo investigativo, mas o Jornalismo em si, ainda tem o objetivo dos seus primórdios, que nada mais é que servir o seu público informando o que até então era maquiadamente esquecido. Não me conformarei com o conceito de notícia como mercadoria. Todos tem direito a informação, é esse é o nosso papel!

                                             parafraseando um dos maiores jornalista que eu conheço:
 "A sociedade que aceita qualquer jornalismo não merece jornalismo melhor."
                (Alberto Dines)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A importância do diploma para o jornalismo



 Atualmente, muito se tem discutido sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.
  São infinitas as opiniões relativas ao tema. Enquanto os estudantes e jornalistas diplomados defendem a obrigatoriedade do diploma, outros consideram que não basta o diploma se este for sem qualidade, assim para eles o curso de Jornalismo pouco acrescentaria ao profissional, já que acreditam ser apenas mera exigência burocrática.Quem está com a razão?
  O jornalismo é um campo social, isso todos nós concordamos. Lutar pela defesa do diploma é defender um dos campos sociais mais importantes desse mundo contempor: o jornalismo. Não o jornalismo como ferramenta midiática, mas sim, o jornalismo utópico, onde o jornalista é um agente social que ajuda na formação do conhecimento.    Desta forma, o diploma seria o passaporte para o ingresso no campo social, a sua defesa é sinônimo da reserva de mercado.
   È ilusório pensarmos que o diploma é algo ultrapassado. O diploma em si pode até ser, mas o conhecimento adquirido na academia é algo que não podemos nos dar o luxo de desprezar. O conhecimento sempre será importante e nunca perderá seu valor.
  Por outro lado, a obrigatoriedade no uso do diploma limita a imprensa e a disseminação das idéias. Isso vai de encontro à liberdade de imprensa, que é um dos direitos básicos que assegura a constituição, contribuindo assim para o desenvolvimento da democracia. Por falar em democracia, o ato que obriga o uso do diploma foi uma das “belas” passagens da história ditatorial do País.
   Não há dúvida que enquanto profissionais como médicos, engenheiros, advogados, etc., necessitam de cursos técnicos específicos e de diplomas que atestem sua capacitação profissional, para o desempenho regular das atividades escolhidas, o jornalista necessita apenas do dom, em razão do qual se expressa intelectualmente, independentemente da natureza da sua profissão. É daí que brota a sensibilidade para a captação do fato de interesse público, que será submetido à consciência da coletividade.
   Vale lembrar que o mercado já utilizava profissionais sem diploma e que atuavam como jornalistas e que a decisão pacifica essa questão. Porém quem freqüentou uma universidade terá "vantagem" do ponto de vista do mercado sobre os demais candidatos a uma vaga de jornalista. Afinal, embora não haja exclusividade, a preferência é de quem possui uma habilitação.
     Nós jornalistas devemos emoldurar os fatos cumprindo com o nosso papel profissional, seja pela letra ou pela fala, devemos nos comprometer com a verdade e não permitir que o cidadão fique alienado mediante as informações cotidianas a sua volta, essa é a nossa função como agentes sociais.
      A verdade é que nunca a atividade jornalística foi tão criticada e questionada, nunca os jornalistas foram tão desnecessários quanto nessa era digital.
     E então, devemos defender a formação para o mercado ou arriscar na formação humanista do jornalista?

"A sociedade é maior do que o mercado. O leitor não é consumidor, mas cidadão. Jornalismo é serviço"